sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


Yamandu Costa

(Passo Fundo, 24 de janeiro de 1980) é um violonista e compositor brasileiro.

Começou a estudar violão aos sete anos de idade com o pai, Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços e aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso argentino radicado no Brasil. Até os quinze anos, sua única escola musical era a música folclórica do Sul do Brasil, Argentina e Uruguai. Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por outros brasileiros, tais como Baden Powell, Tom Jobim, Raphael Rabello entre outros. Aos dezessete anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no Circuito Cultural Banco do Brasil, produzido pelo Estúdio Tom Brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.

Yamandu toca estilos diversos como choro, bossa nova, milonga, tango, samba e chamamé, sendo difícil enquadrá-lo em uma corrente musical, dado que mistura todos os estilos e cria interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Baden Powell de Aquino


Baden Powell de Aquino

(Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 - Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2000) foi um violonista brasileiro.

Filho de Dona Adelina e do violinista Lino de Aquino, que deu-lhe esse nome por ser fã do criador do Escotismo, general britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. É pai do pianista e tecladista Phillipe Baden Powell e do violonista Louis Marcel Powell (ambos nascidos na França) e primo do violonista João de Aquino.

Baden Powell tinha uma maneira única de tocar violão, incorporando elementos virtuosísticos da técnica clássica e suíngue e harmonia populares. Ele explorou de maneira radical os limites do instrumento, o que o transformou em uma rara estrela nacional da área com trânsito internacional.

Conheceu Vinicius de Moraes em 1962, formando uma parceria musical, criando músicas como o Samba da Bênção, Samba em Prelúdio, Deixa e Canto de Ossanha.

Teve músicas gravadas por Beth Carvalho (Samba do Perdão, parceria com Paulo César Pinheiro), Elis Regina (Samba do Perdão, Quaquaraquaquá, Aviso aos Navegantes), todas em parceria com Paulo César Pinheiro; Cai Dentro), Elizeth Cardoso (Valsa do amor que não vem, com Vinícius de Moraes).

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Heitor Vila Lobos

Heitor Villa-Lobos
(Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 — Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um compositor brasileiro, célebre por unir música com sons naturais.

Aprendeu as primeiras lições de música com o pai, Raul Villa-Lobos, funcionário da Biblioteca Nacional, que morreu em 1899. Ele lhe ensinara a tocar violoncelo usando improvisadamente uma viola, devido ao tamanho de "Tuhu" (apelido de origem indígena que Villa-Lobos tinha na infância). Sozinho, aprendeu violão na adolescência, em meio às rodas de choro cariocas, às quais prestou tributo em sua série de obras mais importantes: os Choros, escritos na década de 1920. Casou-se em 1913 com a pianista Lucília Guimarães.

Após viagens pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, no final da década de 1910, ingressou no Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro, mas não chegou a concluir o curso, devido à desadaptação - e descontentamento - com o ensino acadêmico.

Suas primeiras peças tiveram alguma influência de Puccini e Wagner, mas a de Stravinsky foi mais decisiva, como se vê nos balés Amazonas e Uirapuru (ambos de 1917). Apesar de suas obras terem aspectos da escrita européia, Villa-Lobos sempre fundia suas obras com aspectos da música realizada no Brasil. Utilizava sons da mata, de eventos indígenas, africanos, cantigas, choros, sambas e outros gêneros muito utilizados no país. O meio acadêmico desprezava o que escrevia, até que uma turnê do pianista polonês Arthur Rubinstein pela América do Sul, em 1918, proporcionou uma amizade sólida, que abriria as portas para a mudança de Villa-Lobos para Paris, em 1923.

Na Semana de Arte Moderna, em 1922, ficou famoso um episódio em que o compositor é chamado ao palco e entra com um dos pés calçado de sapato e o outro de sandália, com uma atadura chamativa no dedão. Interpretada como uma atitude de vanguardismo provocativo, Villa-Lobos é vaiado; depois viria a explicar que o ferimento era verdadeiro, demonstrando sua ingenuidade ante as reações ardorosas despertadas pelo evento.

Passou duas longas temporadas na França, o maior reduto musical da época, através da ajuda financeira da família Guinle. Residiu em Paris entre 1923 e 1924, e de 1926 a 1930, quando voltou ao Brasil para participar de um programa de educação musical do governo de Getúlio Vargas. Nesse tempo, a influência de Stravinsky foi sobrepujada pela da música brasileira, seja a indígena, seja a dos chorões. Essas duas vertentes são bastante marcantes nos catorze Choros. Os temas nordestinos viriam a se fazer mais presentes na década de 1930, ao lado da inspiração reencontrada em Bach.

O ano de 1930 deu novo rumo à vida do compositor, pois conseguiu concretizar seu projeto de introduzir a disciplina Canto Orfeônico (coral) nas escolas de ensino médio de todo o país, por intermédio da confiança depositada pelo interventor do Estado de São Paulo, João Alberto, aliado de Getúlio Vargas. Foi professor catedrádico de Canto Orfeônico do Colégio Pedro II,no Rio de Janeiro.

Desse projeto, destacaram-se os concertos ao ar livre com a participação de milhares de alunos. Um desses concertos, no estádio São Januário, contou com quarenta mil vozes e a presença do presidente Getúlio Vargas. Em 1936, pediu separação de sua primeira esposa e se uniu com Arminda d'Almeida Neves, a "Mindinha", com quem viveu até a morte.

Na década de 1940, Villa-Lobos conheceu os Estados Unidos. Teve ótima aceitação de suas obras e a definitiva aclamação. Diversas orquestras estado-unidenses lhe encomendaram novas composições, bem como de instrumentistas renomados que lá moravam ou se apresentavam. Se na metade de sua vida, seu eixo fora Rio-Paris, agora passava a ser Rio-Nova Iorque. Mesmo com o sucesso, nunca foi rico; também não teve filhos. Em 1947, em Nova Iorque, sofreu a primeira intervenção cirúrgica para tratar do problema que iria tirar-lhe a vida doze anos mais tarde, pouco mencionado em suas biografias: o câncer de bexiga, causado por seu vício em charutos. Recuperou-se e ganhou mais vigor para compor.

Na sua última década de vida surgiram as cinco últimas sinfonias, os seis últimos quartetos de cordas, quase todos os concertos (exceto o primeiro para piano e o primeiro para violoncelo), sua ópera Yerma, a suíte A Floresta do Amazonas e diversas obras de câmara, como a Fantasia Concertante para Violoncelos (1958) e o Quinteto Instrumental, para flauta, violino, viola, violoncelo e harpa (1957). Em nova viagem a Paris, em 1955, gravou algumas de suas obras mais importantes, regendo a ORTF (Orquestra da Rádio-Teledifusão Francesa), mais de sete horas de música, remasterizadas na década de 1990, e atualmente disponíveis em CD. Em 1959, regeu sua última gravação, à frente da Symphony of the Air, justamente A Floresta do Amazonas, e voltou para o Rio de Janeiro, onde veio a falecer poucos meses depois, em sua casa.

Villa-Lobos se incomodava muito com o título de compositor brasileiro. Ele sempre fazia questão de dizer que era compositor do mundo, afinal ninguém fala de outros compositores como Mozart, Bach, etc., dizendo que são de determinados países.

Heitor Vila Lobos

Etilo

A música de Villa-Lobos é, sobretudo, sui generis: o compositor nunca chegou a possuir um estilo definido. Se tanto, é possível encontrar preferências por alguns recursos estilísticos: combinações inusitadas de instrumentos (que muitas vezes prejudicaram a expressividade da música), arcadas bem puxadas nas cordas, uso de percussão popular, imitação de cantos de pássaros (recurso no qual era mestre, só tendo um único concorrente: o francês Olivier Messiaen; ambos nunca se conheceram).

Não defendeu nem se enquadrou em nenhum movimento, e continuou por muito tempo desconhecido do público no Brasil e atacado impiedosamente pelos críticos, dentre os quais Oscar Guanabarino, seu eterno opositor. Ainda assim, sempre foi fiel a seu próprio impulso interior para compor: "Minha música é natural, como uma cachoeira", disse certa vez. Essa obediência a seu instinto o tornou o mais prolífico compositor erudito do século XX; somente alguns barrocos, como Telemann, possuem mais obras do que Villa-Lobos.

Esse instinto pela natureza mesma da palavra não era disciplinado, e essa indisciplina se manifestou muitas vezes numa harmonia (uso de acordes) excessivamente livre, quando fazia uma peça deliberadamente tonal, e numa orquestração inadequada - sua vida desprogramada, às vezes tendo de se render às necessidades do dia-a-dia, colaborou para que diversas obras ficassem sem um melhor acabamento.

Villa-Lobos, porém, sempre se recusou a fazer revisões, aceitava seus "monstros", como ele chamava os rascunhos que rabiscava em guardanapos, e nunca usou a palavra "acabamento": não se concentrava numa obra só e logo passava às idéias novas que lhe surgiam, na sala de sua casa, num navio ou num trem. Por outro lado, é possível encontrar composições onde recorreu a melodias já usadas antes, tal qual em Magdalena.

Esses problemas, todavia, não estão presentes em três de suas peças mais conhecidas. O Trenzinho do Caipira é uma magistral amostra de uso dos instrumentos de uma orquestra imitando o som de um trem. A Cantilena das Bachianas n° 5, originalíssima em sua instrumentação, possui um contraponto simples, mas muito correto. A Introdução das Bachianas n° 4 - matéria-prima do Samba em Prelúdio, de Baden Powell e Vinícius de Morais - apresenta progressões harmônicas bem trabalhadas e que casam perfeitamente com o clímax romântico do meio do movimento.

Obras

Bachianas

O ciclo de obras mais conhecido de Villa-Lobos é o das nove Bachianas Brasileiras, escritas entre 1930 e 1945, onde o compositor intencionou construir uma versão nacional dos Concertos de Brandemburgo, usando ritmos ou formas musicais de várias regiões do Brasil. Essa intenção é clara nas Bachianas n.º 1, para conjunto de violoncelos, dividida em três movimentos: Introdução (Embolada), Prelúdio (Modinha) e Fuga (Conversa).

Todos os movimentos das Bachianas, inclusive, receberam dois títulos: um bachiano, outro brasileiro. São trechos famosos de Bachianas a Tocata (O Trenzinho do Caipira), quarto movimento das Bachianas n.º 2; a Ária (Cantilena), que abre as de n.º 5; o Coral (O Canto do Sertão) e a Dança (Miudinho), ambos nas Bachianas n.º 4.

Choros

Outra série de obras é a dos Choros, escritos entre 1920 e 1929, que vão desde o número um, para violão solo, até o décimo quarto, para orquestra, banda sinfônica e coro, cuja partitura foi perdida (bem como foi a dos volumosos Choros n.º 13, para duas orquestras e banda). A Introdução aos Choros e os Choros Bis (que são uma única peça) não são numerados como os outros catorze, sendo classificados extra-série.

O de número dez é o mais aclamado de todos; escrito para coro e orquestra, culmina num grande "samba-enredo sinfônico", contrapondo a melodia da canção Rasga o Coração, de Anacleto de Medeiros (gravada na época por Vicente Celestino) a um acompanhamento coral bem ritmado de onomatopéias supostamente indígenas (mas inventadas por Villa-Lobos) e a uma bateria marcada revezadamente por ganzá, tamborim, reco-reco, cuíca e similares de escola de samba.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fernando Sor - Um auto-didata.


Joseph Fernando Macari Sors (Barcelona, Espanha,14 de fevereiro de 177810 de julho de 1839) foi um compositor e violonista espanhol, nascido em Barcelona. Na Espanha, ele, às vezes, é chamado de "o Beethoven do violão". Fernando Sor foi o primeiro grande compositor a se dedicar, de forma especial, ao violão, tal qual conhecemos hoje. Começou seus estudos, de forma séria, ao 12 anos de idade, no mosteiro de Montserrat, e logo se destacou entre seus colegas. Permaneceu no mosteiro até completar 15 anos.

De volta a Barcelona, Fernando decidiu estudar sozinho o seu instrumento (violão) baseando-se em suas próprias conceituações técnicas. Em 1797, com 19 anos, apresentou sua ópera "Telêmaco na ilha de Calipso" no teatro municipal de Barcelona, tendo boa aprovação. Em 1812, viaja para Paris, lá permanecendo por cinco anos. Depois seguiu para Londres, onde foi tão grande o seu sucesso que muitos opinam ter sua atuação nessa capital preparado o terreno para a notável popularidade de que gozou o violão na Inglaterra, por volta de 1830. Em 1822, voltou a apresentar-se em Paris, onde realizou um concerto que lhe rendeu muitos elogios: "encantou os parisienses com um instrumento que (...) era uma orquestra completa encerrada numa pequena caixa" diziam. Fernando Sor faleceu no dia 13 de julho de 1839, aos 61 anos de idade e, sem contar as transcrições, deixou mais de 250 obras. O seu trabalho mais conhecido, as "Variações sobre um tema da Flauta Mágica de Mozart", talvez seja a obra mais executada do compositor; até hoje é obra obrigatória para os estudos de quem quer se tornar um grande violonista. fonte: Wikipédia.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Francisco Tárrega - Lágrima





Excelente melodia para quem
está iniciando nos estudos.
(clic na imagem para ampliar)

Francisco de Asís Tárrega Eixea
(21 de novembro de 185215 de dezembro de 1909) foi um importante violonista espanhol que revolucionou a composição para violão. Tárrega também teve suas habilidades musicais questionadas quando defendeu uma metodologia diferente da que era usada em sua época. Segundo ele, o toque realizado pela mão direita no violão deveria ser feita num ângulo de 90º, e com a parte "macia" do dedo, ou seja, a unha não deveria ser utilizada. Tárrega justificava essa metodologia afirmando que o toque do dedo "nu" causava uma sensação de maior "controle emocional" e técnico da obra em execução.
Talvez sua mais famosa música não é conhecida integramelmente por muitas pessoas porém todos já ouviram um pedaço. Sendo que essa música se chama “Gran Vals” (Grande Valsa) e é o toque padrão da empresa de telefonia celular Nokia.
fonte: Wikipédia.



Paulo Sérgio.





Esse é Paulo Sérgio, grande amigo e excelente músico, dedicou-se a aprender e interpretar MPB e de forma auto-didata, conseguiu desenvolver sua técnica e tocar com grande habilidade melodias e harmonias, fazendo da sua música uma arte e emocionando a todos com seu dedilhado.

Paulo Sérgio demonstrando seu talento em uma palhinha na minha casa.











terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Reflexão

Uma reflexão de Chico Xavier.
(clic na imagem para ampliar)

A arte do violão.



O estudo e a arte.